"Otimismo é esperar pelo melhor. Confiança é saber lidar com o pior." Roberto Simonsen

terça-feira, 1 de outubro de 2024

A dor oculta que perpetua alguns conflitos de divórcio

 Em casos de divórcio em que os conflitos perduram por anos, e ninguém sabe como resolvê-los… Aqueles em que já foi realizado o divórcio, feita a partilha de bens, resolvida a guarda dos filhos, alimentos, mas ainda assim a briga continua… O processo já foi julgado, mas houve recurso, pedido de revisão…

Ainda há algo se opondo. Alguém não permite que se resolva a situação.

Afinal, onde está o problema?

Normalmente, o problema não está nos autos. Ele está naquilo que não está sendo visto. Ele vem, por exemplo, de uma mágoa que a pessoa carrega, por conta de algo que está oculto.

Por exemplo: o casal não teve filhos, e tem muita dificuldade para se separar. A mulher insiste que deve receber mais na partilha, sente-se injustiçada, e não há matemática racional que resolva. O que pode estar acontecendo? Então, na Constelação, fica visível que o marido não queria ter filhos, mas ela sim.

Mesmo ciente de que ele não queria ter filhos, ela concordou em casar-se com ele, porque estava apaixonada. Abriu mão, renunciou à maternidade. Ficaram alguns anos juntos, a mulher passou da idade de ter filhos, até que chega um momento em que ela sente que o relacionamento está desequilibrado. E não o perdoa, embora não saiba o porquê.

Ela renunciou a algo tão essencial… Não que seja obrigatório ter filhos, mas, se ela queria ter filhos, isso é algo que tem um valor imensurável. Essa renúncia de ter filhos não se compra com uma casa, com carro, com pensão. Como ele poderia compensá-la por ter renunciado à possibilidade de ter filhos?

Ela desistiu de ter filhos por um casamento que não deu certo. Sua cobrança, portanto, será alta. Não se trata só de dinheiro. Então, como resolver?

É necessário reconhecer. O único caminho é reconhecer. Nesse exemplo, o homem deve olhar para a mulher e dizer: “Eu reconheço o grande preço que você pagou. Você renunciou a algo muito importante. Se eu tivesse noção, não teria admitido. Eu não tinha noção do tamanho disso, da grandeza disso.”

Obviamente, se ele soubesse, se ela soubesse, talvez ambos tivessem feito diferente. Mas a vida é assim: às vezes não tem como voltar atrás. Às vezes tudo o que se pode fazer é uma reverência, um profundo reconhecimento, dizendo: “Eu nunca vou conseguir pagar por isso. Eu agora olho para a sua dor. Agora eu reconheço a sua dor. Eu sei que isso não tem preço. Sinto muito.” Quando ele diz isso, ela provavelmente chorará bastante, porque agora sua dor está sendo reconhecida por ele.

Então, ela percebe que não adianta cobrar algo que ele nunca conseguirá pagar.


(Texto extraído do curso online Direito Sistêmico e as Constelações Familiares na resolução de conflitos, com o Dr. Sami Storch)


segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Empreendedorismo jurídico, é possível?

Ano da Postagem: 2024

Localização: Salvador-BA


Fonte: imagem obtida pelo Google.


Diante desse cenário, com muitas faculdades de Direito e a saturação de profissionais no ofício, é preciso que esse profissional se destaque na advocacia. Então, o empreendedorismo jurídico, é possível, está atrelado na capacidade de aplicar boas práticas para conquistar o mercado, lidando com proatividade, dinamismo, postura analítica, gerenciar, noções de marketing, planejamento estratégico e adotar inovações para otimizar a prestação de seus serviços. 

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Fonte: imagem obtida pelo Google.

Vale ressaltar, que o empreendedorismo jurídico não está atrelado à mercantilização, por outro lado, deve ficar em alerta para não infringir com as normas previstas do EAOAB, ok!?

Finalizo o tema de hoje, espero que vocês tenham gostado da minha explicação, porque é uma dúvida que muitos advogados possuem. Quaisquer dúvidas, estou à disposição para saná-las.

Muito obrigada e até mais.

 

Escrito por Gabriela Toss Reis.