"Otimismo é esperar pelo melhor. Confiança é saber lidar com o pior." Roberto Simonsen

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Resenha do Livro: Justiça Juvenil Restaurativa e Novas Formas de Solução de Conflitos

O livro sobre a Justiça Juvenil Restaurativa e Novas Formas de Solução de Conflitos, aborda sobre as considerações introdutórias sobre o conflito, em seguida aponta as formas de solução de conflitos, destacando: Autotutela, Jurisdição, Arbitragem e os métodos Autocompositivos, atrelados na: Negociação, Mediação e Conciliação.

Logo na segunda parte do livro, trata sobre a Justiça Restaurativa, o conceito, fazendo paralelamente o quadro comparativo entre a Justiça Retributiva e Restaurativa. Destacando, especialmente a caracterização da Justiça Juvenil Restaurativa - JJR, apresentando os objetivos, com abordagens teóricas e práticas nos estabelecimentos institucionais, na Medida de Socialização ou Socioeducativa, onde os adolescentes praticam atos infracionais, lembrando que não é crime e nem contravenção penal, trata-se de crime análogo ou equiparado, previsto no artigo 103, temos:   "Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal."

Para complementar, conforme o artigo 228 da Constituição Federal, leia-se: “São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial”. Ou seja, crianças e adolescentes não praticam crimes e até o momento não existe redução da maioridade penal, bem como, no próprio Estatuto da Criança e do Adolescente, ressalta a tese, com base no artigo 104, temos: 


Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato. (BRASIL, 1990). 
 

O parágrafo único salienta que o adolescente é inserido de acordo na idade do fato, como assim? Caso aquele adolescente pratique ato infracional aos 17 (dezessete) anos e em seguida, complete a maioridade penal aos 18 (dezoito) anos, esse jovem será encaminhado à Medida Socioeducativa, pois cometeu esse ato na idade à data do fato. 

O cenário quer dizer, que a maioria dos casos advém da estrutura familiar é a marginalidade perante a sociedade.

Ressalto, para que o adolescente seja (re) estabelecido no âmbito social e aos demais meios, a inclusão da Justiça Juvenil Restaurativa (JJR) como métodos de solucionar conflitos e restabelecer ao adolescente o convívio social, através da educação.

Para finalizar, o livro visa possibilita a prática da Justiça Juvenil Restaurativa traz dirimir conflitos através dos diálogos e acordos, com o intuito para um novo paradigma de ressocialização com os adolescentes sejam (re) educados, conscientizados pelos seus atos, e por fim, para evitar que estes menores reincidam no cometimento de atos infracionais.

Escrito por Gabriela Toss Reis. 

REFERÊNCIA DO LIVRO:

SPOSATO, Karyna Batista; SILVA, Luciana Aboim Machado Gonçalves da. Justiça Juvenil Restaurativa e Novas Formas de Solução de Conflitos.  São Paulo: CLA, 2018.


LEGISLAÇÕES  CONSULTADAS: 

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2019]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm .

BRASIL. Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 nº 8.069/90, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília: DF, 13 jul. 1990. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm .  

domingo, 1 de dezembro de 2024

Crianças podem ser consteladas?

 

Bert Hellinger não costumava constelar com crianças e adolescentes. Em geral, ele trabalhava com os pais.

Porque os filhos, com sua sensibilidade, captam aquilo que está no campo sistêmico da família. Mas quem determina o campo é quem tem consciência dele.

Os que cuidam dessa criança, sejam os próprios pais, sejam pais adotivos, professores, educadores ou agentes do judiciário, quando
tomam consciência da dinâmica que está oculta no campo familiar, e para quem o coração dessa criança está olhando, conseguem ter uma postura com a qual essa criança ou adolescente se abre.

A criança se abre para receber a ajuda dessa pessoa, porque sabe, no seu íntimo, que essa pessoa está olhando para o seu coração.

A constelação é um instrumento incrível para acessarmos essa imagem, essa dinâmica que a própria criança não está conseguindo enxergar, e, a partir daí, a criança nos ter como guias para poder ajuda-la.



Sami Storch