Na Constelação, de acordo com a maneira como trabalho, que aprendi com Bert Hellinger, devemos estar sempre abertos para o novo. Sempre há alguma coisa nova que possa surgir, afinal é um trabalho radicalmente fenomenológico.
Podemos nos programar apenas para sentir o campo, para observar o que o campo nos mostra a cada momento. De repente, talvez seja o momento de interrupção, de não fazer nada ou de fazer algo totalmente diferente do que foi feito até então.
É um mundo de possibilidades. Não é o caminho mais fácil. Essa é a postura básica para o constelador, assim como para o Direito Sistêmico.
Vale lembrar que o Direito Sistêmico adota a Constelação na sua integralidade, tanto a Constelação na prática, com representa ou da forma que para, quanto a filosofia de Bert Hellinger que veio das Constelações, toda a filosofia vinda da sua observação e das suas compreensões. É uma ciência. Não é só uma filosofia, porque tem a prática, tem procedimentos, tem técnicas, mas não se prende a nada disso.
Hellinger sempre desenvolveu uma postura essencial, que está relacionada ao não saber. Dentre as linhas filosóficas existentes, a que mais se assemelha às Constelações, provavelmente, é o taoísmo, de Lao Tsé. Bert Hellinger fez algumas referências ao taoísmo quando tratava sobre a postura dele, a postura necessária na Constelação, que tem a ver com a conexão com o todo, tem a ver com receber do todo, do campo. Dessa forma, podemos dar o próximo passo confiando, mesmo sem saber qual será o passo seguinte.
Quando não sabemos o que fazer, esperamos, então, algo surge. É interessante. Há uma frase de Rumi que contempla essa ideia: " Se faz silêncio, espere, algo surgirá. Se faz tempestade, espere, se sorrirá ."
Na Constelação, é assim; nos conflitos, é assim; na vida, é assim.
(Texto extraído do curso online Direito Sistêmico e as Constelações Familiares na resolução de conflitos , com o Dr. Sami Storch)